Tipos e técnicas utilizadas no preparo do solo antes do plantio

Se você é um agricultor que pretende ter sucesso nos cultivos da sua lavoura, então já está ciente do quanto o preparo do solo é importante nesse processo. Afinal, uma terra preparada com eficiência é sinônimo de solo fértil e alta produtividade.

Um solo fértil é aquele que tem nutrientes para suprir as necessidades da lavoura. E para isso, é necessário levar em consideração os tipos e as técnicas de plantio a serem utilizadas.

Os tipos se concentram nos 4 principais: convencional, direto, semidireto e mínimo. Na sequência, detalhamos cada um deles. Continue lendo e confira!

Convencional

No preparo convencional existe a necessidade de o produtor realizar pelo menos uma aração e duas gradagens no solo. A utilização desse método traz inúmeras vantagens, como a desestruturação da terra, isto é, a quebra de possíveis torrões presentes, o que facilita a deposição das sementes no momento do plantio.

Além disso, esse preparo ocasiona maior aeração na camada arável e auxilia no controle de plantas daninhas e pragas, uma vez que as primeiras podem servir de abrigo para as últimas se alocarem.

Direto

O sistema de plantio direto é uma técnica extremamente moderna na agricultura, e tem apresentado excelentes vantagens, principalmente na produtividade.

Dentre as principais características, podemos mencionar o mínimo revolvimento do solo, a cobertura do solo com palhada, rotação de culturas, diminuição do uso de defensivos agrícolas, uso de irrigação e uso de biotecnologia.

Semidireto

Os tipos de preparo do solo direto e semidireto são muito semelhantes, sendo que a principal diferença é o fato de que no plantio semidireto ocorre a retirada dos resíduos da superfície do solo.

Mínimo

Neste sistema ocorre o mínimo revolvimento do solo para o plantio, o que exige menos recursos. Entretanto, provoca irregularidade à terra no momento do plantio, dificultando o estabelecimento das plantas e afetando a sua produtividade.

Quanto às técnicas, explicaremos as três principais: aração, gradagem e escarificação.

Aração

Este processo consiste em revirar as camadas da terra. O objetivo é misturar, trazer o que estava embaixo para cima e vice versa. A etapa de aração é chamada assim justamente por aumentar o nível de oxigenação da matéria orgânica, ou seja, ela capta partículas de oxigênio para o solo.

É uma prática muito utilizada em regiões de clima temperado, mas pode ser prejudicial em solos tropicais, como os do Brasil. Como o clima brasileiro provoca uma redução significativamente maior dos níveis de cálcio do que outros climas, essa pode não ser uma boa estratégia no longo prazo.

Portanto, é indicado procurar alternativas menos agressivas.

Apesar disso, essa prática proporciona vários benefícios, como a descompactação da terra, aumento do volume de poros, controle de plantas daninhas, e a obtenção de um leito de semeadura.

Gradagem

Esta técnica para preparar o solo ocorre geralmente após a aração e tem o intuito de romper os torrões de solo formados pela pressão do arado. Como resultado, deixa a terra plana para a semeadura.

Os implementos responsáveis pela gradagem são as grades.

Escarificação

Com a finalidade de realizar o preparo do solo de maneira menos agressiva quando comparada às anteriores, a escarificação rompe camadas de terra sem o seu revolvimento e inversão. Essa técnica é realizada a partir de escarificadores.

Os principais benefícios de optar por essa prática são:

-Maior cobertura do solo com restos de outras culturas;
-Contribuição para um preparo conservacionista;
-Menor demanda de tempo para o preparo de solo; e
-Menor consumo de combustível.

Agora que você já conhece os principais tipos e técnicas, não se esqueça deles quando for preparar a terra para plantar a sua produção. Acompanhe mais conteúdos como este nas nossas redes sociais. Estamos no Instagram e no Facebook.